terça-feira, 10 de abril de 2012

Aspecto das desigualdades racial

O Brasil, colonia império e república, tiveram tiveram historicamente no aspecto legal, uma postura ativa e permissiva diante da discriminação e do racismo que atinge a população afrodescendente Brasileira até hoje. O decreto n 1.331 de 17 de fevereiro de 1854, estabelece que nas escolas públicas do país fossem admitidos escravos e a previsão de instrução para adultos negros dependia da disponibilidade de professores. o decreto n 7,031-a de 06 de setembro de 1878. estabelece que os negros só pudessem estudar no período noturno e diversas estratégias foram montadas no sentido de impedir o acesso pleno dessa população aos bancos escolares, após a promulgação da constituição de 1988, o Brasil busca efetivar a condição de um estado democrático de direito com enfase na cidadania e na dignidade da pessoa humana, contudo, ainda possui uma realidade marcadas por posturas subjetivas e objetivas de preconceitos, racismo e discriminação aos afrodescendentes que historicamente enfrentam dificuldades para acesso e a permanência nas escolas.
O deprimente cenário de crianças e adultos maltrapilhos mergulhados nos pontos de coletas de lixo urbano das principais cidades da região, disputando alimentos com urubus e outros animais. É cada vez maior levas de trabalhadores que andam pelas ruas das cidades e povoados de toda região cacaueira procurando desesperadamente emprego e o fechamento das empresas moageiras de cacau, são exemplos de uma situação extremamente complexa vivida pela maioria dos trabalhadores da região, principalmente Itabuna, Ilhéus e Itacaré fato este que vem tornando insuportável e insustentável ás condições de vida nestas cidades.
Mas esse cenário atesta também o acaso do ciclo do cacau e do projeto de desenvolvimento econômico por este ciclo engendrado, que perdura na região, por mais de 100 anos, e foi responsável,pela acumulações de riquezas em mãos de poucos em detrimento exclusão da esmagadora maioria. Fica, portanto a certeza de que o significativo crescimento econômico verificado na região cacaueira da Bahia, foi concebido pela maioria de sua população trabalhadoras e para essa maioria restam os baixos salários, as precarissimas condições de vidas e as altas taxas de analfabetismo nas cidades Brasileiras.

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